Sobre o inútil
Ontem eu e Leo entramos numa discussão estética sobre Tony Bennett. Ele adora Tony Bennett, e eu cheguei da aula de Análise Fílmica da pós, onde estávamos assistindo David Lynch (Cidade dos Sonhos), e ele estava ouvindo justamente o matusalém que, como ele próprio diz, já tá fazendo hora extra. Eu não gosto, detesto música churumelenta. Se for para ouvir música loser, prefiro o meu rock triste, minhas guitar bands do coração. Mas enfim, o diálogo foi mais ou menos esse:
L: Olha só isso, Jajá, é tão lindo.
G: Deus é mais, isso é totalmente mela cueca.
L: Essa categoria que você inventa é abrangente demais.
G: E certamente isso ai está incluído nela.
Leo, depois de uma pequena crise de riso: Jajá, isso é um standard da música americana.
G: A única diferença entre Tony Bennett e Odair José é que rico afoga as mágoas ouvindo Tony Bennett e tomando whisky, e pobre chora pitanga tomando 51 e ouvindo Odair José (não mais, pq hoje em dia le povón enche a cara ouvindo Júlio Nascimento, mas tudo bem).
L: Rico afoga as mágoas ouvindo Odair José também.
G: Só se for escondido dos amigos.
Não lembro o que veio depois. Só sei que eu fiquei pensando no quantot empo a gente perde conversando sobre esse tipo de besteira.
L: Olha só isso, Jajá, é tão lindo.
G: Deus é mais, isso é totalmente mela cueca.
L: Essa categoria que você inventa é abrangente demais.
G: E certamente isso ai está incluído nela.
Leo, depois de uma pequena crise de riso: Jajá, isso é um standard da música americana.
G: A única diferença entre Tony Bennett e Odair José é que rico afoga as mágoas ouvindo Tony Bennett e tomando whisky, e pobre chora pitanga tomando 51 e ouvindo Odair José (não mais, pq hoje em dia le povón enche a cara ouvindo Júlio Nascimento, mas tudo bem).
L: Rico afoga as mágoas ouvindo Odair José também.
G: Só se for escondido dos amigos.
Não lembro o que veio depois. Só sei que eu fiquei pensando no quantot empo a gente perde conversando sobre esse tipo de besteira.

<< Home