Musik Non Stop

Thursday, June 30, 2005



Eu adoro quando essas coisas acontecem, totalmente por acaso. Eu estava essa semana resolvendo coisas na rua e parei na Mega Hiper Ultra enorme loja da Video Hobby na Pituba para fazer um lanche. Vi uma confusão na entrada da loja, mas não imaginava do que se tratava, até que um pessoal que estava sentado ao meu lado no café comentou que Jean Willys (ele mesmo, membro da banca do meu projeto experimental na faculdade no final de 2003, quando ele nem sonhava com o estrelato ainda, creio eu) chegaria em pouco tempo para lançar o livro dele lá.
Bom, vamos por partes. Eu nem sabia que Jean estava lançando livro, e quando cheguei em casa e fui procurar ver, vi que o livro dele figura na lista dos mais vendidos de não ficção há não sei quantas semanas, e que ele tinha sido contratado para fazer reportagens para o programa de Ana Maria Braga. Se estou acordada no horário que passa, é porque estou trabalhando. Se estiver em Salvador, não estou acordada 8 e pouco da manhã nem para pagar promessa.
Mas enfim, o que importa é que, na minha tentativa de sair da loja antes que o caos absoluto se instalasse, passei por uma prateleira de livros "Cinema e Teatro", onde passando o olho rapidamente só vi textos de Nelson Rodrigues. Mas, para alegrar o meu dia e entristecer o meu bolso, vi uma imagem de um filme que eu, por muita coincidência, assisti há uns 15 dias na aula da pós-graduação, na capa de um livro camado "O Cinema do Real".
Era uma imagem de Moi, un Noir, documentário mais do que clássico de Jean Rouch. Obviamente eu não resisti e comecei a folhear o livro, que é fantástico. Trata-se de uma compilação de ensaios, palestras e textos apresentados nas edições do "É Tudo Verdade", até o ano passado. Tem João Moreira Salles, Ismail Xavier, Eduardo Coutinho e Jorge Furtado, Bernardet, Eduardo Escorel, Esther Hamburger e mais um monte de gente. Os dois primeiros capitulos abordam o impacto do DV para o documentário, cinema verdade e cinema direto; mais adiante tem análises de Ônibus 174 (uma das melhores resenhas fílmicas que já li) e Notícias de uma Guerra particular, e também da obra de Michael Moore.
Enfim, INDISPENSÁVEL para quem estuda ou minimamente se interessa por documentário, daqueles para devorar em 2 dias.

posted by Gabriela R. Almeida at 11:39 PM |

Mais festa na Americanas.com!! Vários DVDs foda mais baratos ainda, 19,90, com frete grátis para compras acima de 99 reais. Além de filmes clássicos/trash/terror, tem um monte de coisa de música imperdível, tipo o Transformer, de Lou Reed (tipo um making the record feito 30 anos depois de o disco ter sido gravado, mostra até como foram as gravações dos backing vocals de David Bowie em várias faixas, e explica porque Walk On The Wild Side tem duas linhas de baixo), A Night With Lou Reed (registro de show recente no Greenwitch Village, tocando músicas da carreira dele solo misturadas com outras do Velvet) e dois dos Beach Boys.

Pra quem gosta, tem milhões de temporadas de séries. Como eu DETESTO séries (com exceção de Twin Peaks... De resto, não adianta!!! Não me venha com Friends, muito menos com Sex and The City), eu nem me dei ao trabalho de olhar.

posted by Gabriela R. Almeida at 11:16 PM |



Além da festa no Miss Modular sábado, ainda rola na semana que vem Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta e Lampirônicos, no Casarão Santa Luzia.

E a TVE está exibindo durante todo o mês de julho o especial Distorção, que mostra apresentações de bandas baianas gravadas no Teatro do Irdeb. O calendário de exibição é o seguinte:

Dia 9 - Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta
Dia 16 - Soma
Dia 23 - Brinde
Dia 30 - Retrofoguetes

* Sempre às 19h,com reprise às 2 da matina.

posted by Gabriela R. Almeida at 10:50 PM |

Wednesday, June 22, 2005

Censura, novamente

No link abaixo está disponível o video O Fim do Homem Cordial, do videomaker baiano Daniel Lisboa. Esse video foi o vencedor do Festival Imagem em 5 Minutos do ano passado, um festival nacional que é o mais importante daqui, realizado pela DIMAS (Diretoria de Artes Visuais e Multimeios), orgão da Fundação Cultural do Estado (o realizador embolsou 8 mil reais como prêmio). O video apresenta um suposto sequestro de ACM, com imagens do Bahia Meio Dia, telejornal local da TV Bahia, emissora afiliada da Globo na Bahia que é de propriedade de ACM. Coincidentemente, algum tempo depois, o diretor do órgão, Ségio Borges, no cargo há pelo menos uns 5 anos, foi demitido. Há alguns dias, esse video foi censurado na Mostra Jovens Realizadores, depois de ter sido selecionado para ser exibido nas salas da Dimas, e incluido na programação oficial. A mostra foi realizada pela Arteponto com apoio da própria Dimas (os videos selecionados para a mostra foram exibidos nas salas da instituição). Segundo a a Arteponto, a determinação para que o video não fosse exibido teria partido da Dimas, o que gerou protestos. Videomakers e estudantes de cinema ocuparam a sede do órgão na semana passada, e o assunto tem gerado certa repercussão por aqui.
Por coincidência, sexta-feira passada, depois de uma parada básica n'A Cubana para tomar um milk shake de chocolate, eu estava indo dar outra parada básica no Berinjela (onde achei uma pérola!! um disco do Ira! em que os caras tocam Miss Lexotan, mas isso ai é assunto para outro post), e quando passei na frente do prédio da Fundação Cultural, estava rolando outra manifestação. O pessoal de video, mais uma vez, estava reunido lá na porta, fazendo desenhos simbólicos no chão e, pelo que parecia, tentando entrar. Não vi os desdobramentos, mas como já era fim de tarde, pelo menos um belo de um engarrafamento aquela rua interditada deve ter gerado.
Hoje fiquei sabendo que metade da Dimas foi demitida, todo mundo que não estava de acordo com a nova "política" adotada pela também nova direção da instituição, inclusive o responsável, há vários anos, pela organização do 5 Minutos. Surreal e inacreditável.

Enfim, o video é interessante e acho que vale assistir para conferir se justifica a polêmica.

http://www.soononmoon.org/cineaum/FHC.mpg

posted by Gabriela R. Almeida at 1:48 AM |

O site das Americanas está com uma promoção massa, vários DVDs FODA, tipo o duplo do Led Zeppelin que custava uns 90 paus quando foi lançado e tá por 40, se não me engano, agora. Garanti os que faltavam para completar a coleção do Jools Holland (Legends, só de clássicos, e o Cool Britannia, de bandas indie inglesas, muito foda. O Suede tocando So Young já vale metade do DVD). Tem também um DVD do New Order com trechos de apresentações em Nova Iorque em 81 (a banda tinha menos de um ano. Ian Curtis mal tinha esfriado!), e no Reading de 98, que além das pérolas Bizarre Love Triangle, Blue Monday e Regret, ainda tem os caras tocando Atmosphere, a música mais triste do Joy Division. Aliás, uma das músicas mais tristes ever! Foda é ver os caras tiozinhos já, em 98, fazendo show com TP. Caça níquel demais. Andam dizendo que o New Order pode vir tocar no Brasil esse ano. Eu iria, fácil fácil. Depois do discão foda que eles lançaram recentemente, e pra ouvir a banda tocando Bizarre Love Triangle, eu nem me importo de ver os caras lendo as letras das músicas no Teleprompter.

posted by Gabriela R. Almeida at 12:38 AM |

Again and again and again

O Cake toca novamente no Brasil esse ano, e pra variar a nossa querida Soteróplis não está no roteiro. Os shows acontecem em agosto, nas seguintes cidades:

Dia 3: Porto Alagre
Dia 4: Goiânia
Dia 5: São Paulo
Dia 6: Curitiba

posted by Gabriela R. Almeida at 12:35 AM |

Tuesday, June 14, 2005

Então, há tempos (tempos mesmo, alguns meses!), Léo me mostrou um blog muito massa de Billy Corgan, que na época tinha apenas 3 ou 4 posts. O link para o blog está no site oficial dele, www.billycorgan.com, mas hoje já nem é mais tão novidade assim e está entupido de posts.
Pois bem, vários artistas aderiram ao MySpace, um espaço de hospedagem usado fundamentalmente por artistas que disponibilizam lá músicas e textos contando histórias pessoais, profissionais e o que mais lhes ocorrer. Além de Billy Corgan, estão lá John Frusciante, Weezer e mais gente que não lembro agora.
No caso de Billy Corgan, além de uma música do seu novo projeto, ele disponibiliza textos contando casos mais do que íntimos dos tempos de vagas magras na Califórnia, o início do Smashing Pumpkins, as brigas com o pai, as coisas da avó. Tem história de 1973. Os textos são parte da autobiografia que ele está escrevendo e publicando quase que diariamente, e que posteriormente vão virar livro. É uma enormidade de material, mas que vale muito a pena para quem ainda se impressiona/se encanta com o Mellon Collie ou o não tão querido assim Adore, ou que gostou, pelo menos, do único disco do Zwan, Mary Star of The Sea, que não chega a ser um Smashing Pumpkins, mas é melhor do que grande parte do rock produzido atualmente.

http://www.billycorgan.com/confession31.html

http://www.myspace.com/billycorgan


Ah, tem um DVD muito foda do Smashing Pumpkins, uma coletânea dos clipes, todos excelentes. Tem na Velvet (www.velvetcds.com.br ), menos de 50 contos.


posted by Gabriela R. Almeida at 11:52 PM |



Agenda da semana, por quem está mais por fora do que bunda de piriguete, mas vá lá:

Quinta, dia 16: Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta e Nikima no Casarão Santa Luzia. Ingresso: 2kg de alimentos não perecíveis.

Sábado, dia 18: Theatro de Seraphin e Sangria no Miss Modular

Domingo, dia 19: Gravação do DVD da Cissa Guimarães no Calypso, matineezinha (16h), 2 reais.

posted by Gabriela R. Almeida at 11:43 PM |

Sunday, June 12, 2005



Assistir o DVD Lou Reed - Rock and Roll Heart, é ter duas horas de deja-vu para quem já leu a bíblia rock/indie Mate-me Por Favor (Please Kill Me). Lançamento da série American Masters de 1998, e premiado nos festivais de Berlim e Sundance do mesmo ano, Rock and Roll Heart permite visualizar os personagens que contam as histórias loucas, engraçadas e bizarras da tríade messiânica do rock.
Imagens de arquivo se intercalam com depoimentos de Lou em Berlim, e de gente que viveu intensamente o restrito círculo Factory/Andy Warhol, como Ronnie Cultrone, Mary Woronov e Gerard Malanga (dançarinos do clássico EPI – Exploding Plastic Inevitable), Billy Name, Jim Carroll, dos Velvets Maureen Tucker e John Cale, Patti Smith, e até representantes de gerações bem mais recentes do rock, mas igualmente barulhentas e revolucionárias, como Thruston Moore e Lee Ranaldo, do Sonic Youth.
Dá para ter uma boa idéia do período áureo do rock obscuro, junkie e urbanóide de uma cena que refutava energicamente qualquer comparação com a Califórnia ensolarada, hippie, feliz e engajada da mesma época, e investia todas as fichas no cosmopolitismo iconoclasta e pretensiosamente moderno do NY underground.
Das primeiras apresentações no Max’s Kansas City e no Cafe Bizarre (mais sugestivo do que isso, não dá - um lugar com esse nome receber um grupo de dançarinos como o EPI não tinha como ser por acaso), ao incômodo visível ao tocar uma versão rápida e com a letra mudada de Heroin recentemente, Rock and Roll Heart guia o espectador por uma viagem nem sempre afável pela vida artísitca de Lou Reed e por tempos em que não se chapar muito era sinônimo de se levar uma vida medíocre e tediosa. Qualquer semelhança com os tempos atuais não deve ser mera coincidência. Afinal de contas, os ídolos continuam os mesmos...
Até os personagens de letras de músicas de Lou são mostrados no DVD, como o travesti Holly Woodlawn (quem não lembra dos primeiros versos de Walk On The Wild Side? “Holly came from Miami, F.L.A./ Hitch-hiked her way across the USA / Plucked her eyebrows on the way / Shaved her legs and then he was a she”), o também lembrado na mesma música oe Dallesandro (“Little Joe never once gave it away / Everybody had to pay and pay / A hustle here and a hustle there / New York City's the place where they said, Hey babe / Take a walk on the wild side / I said, Hey Joe / Take a walk on the wild side”) e a drag queen Candy Darling , a quem também não é feita a mais respeitosa das referências em Walk On The Wild Side (“Candy came from out on the Island / In the backroom she was everybody's darlin' / But she never lost her head / Even when she was giving head”).
Fruto de uma cuidadosa pesquisa em acervos de imagens (fotos e vídeo), estão incluídos no documentário imagens raras, como do Velvet Underground tocando na Factory, entrevista com Nico e coisas mais recentes como Lou Reed fazendo uma participação no show comemorativo dos 50 anos de David Bowie, o 50th Birthday Concert, que aconteceu em 1997 – adivinhem aonde?? No Madison Square Garden, em Nova Iorque, claro. Os dois tocam juntos Waiting For The Man, Bowie fala da colaboração no clássico dos clássicos Transformer, num momento de celebração máxima do glam, da iconoclastia e da androginia, elementos incorporados irrestritamente pelo rock e dos quais toda a cena atual de Nova Iorque pós-Strokes faz uso maciçamente.
E para quem é tão fã de Lou Reed quanto eu, indico Pass Thru Fire, paperback de quase 500 páginas que reúne todas as letras de músicas de Lou e que, infelizmente e como já era de se esperar, não foi lançado no Brasil. Mas tem no Amazon e o preço não é exorbitante (custa uns 10 dólares mais o frete).

posted by Gabriela R. Almeida at 7:43 PM |

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