É, parece que finalmente essa cidade vai receber um bom show internacional. Bom não, ótimo. É o Placebo, que segundo a Folha de São Paulo faz show aqui no dia 16 de abril, um dia depois de se apresentar em Recife dentro da programação do Abril Pro Rock. Como tudo é tãaaaaaaaaao complicado nessa cidade que eu achava que poderia receber qualquer banda, menos o Placebo, só vou me animar de verdade quando divulgarem o local colocarem os ingressos à venda. A Claro está trazendo a banda para uma série de 8 apresentações no Brasil. Só assim, também... Porque se dependesse de nego pagar 80, 100 reais para assistir Placebo aqui em Salvador, o show não aconteceria de jeito nenhum. Pelo tanto de gente que deve conhecer Mr. Brian Molko e companhia por aqui, não me espantaria de o show fosse no Calypso. Whatever... não sairia de Salvador para ir para o sul/sudeste ver o Placebo (no máximo iria para Recife. Placebo não é Pixies para mim!), mas tocando aqui, obviamente estarei lá.
Well, essas são as datas do Placebo no Brasil:
15/4 - Recife 16/4 - Salvador 19/4 - Porto Alegre 21/4 - Florianópolis 23/4 - Brasília 26/4 - Campinas 27/4 - São Paulo 29/4 - Rio de Janeiro
Ver os Retrofoguetes no Festival de Música Instrumental foi deveras simbólico não só porque, como bem lembrou Rex, o TCA é "um pouco maior e mais fresco do que o Calypso", ou porque eles fizeram um puta show, a despeito das palavras pouco eligiosas do organizador/curador do evento, Zeca Freitas, que geraram comentários que até hoje rolam, mesmo depois de tantos dias. Foda foi ver os Retrofoguetes tocando para mais de mil pessoas com um ótimo som e no palco mais nobre da cidade. Sensação inocente de que assim é que deveria ser sempre. Não é bairrismo, não é porque os caras são daqui. Eu não gosto de várias bandas de rock baianas, e nem acho que se deva falar bem de alguma coisa só porque é daqui. O fato é que o Retrofoguetes é uma banda muito, mas MUITO mesmo acima da média. Sim, não vou filosofar sobre a cena de rock da Bahia. Vou falar do show, porque de certa forma ainda estou encantada com aquila última noite do Festival de Música Instrumental (27.01). O TCA estava muito cheio, praticamente lotado, de modo que optei por assistir o show em pé atrás da mesa de som. A adoção dessa medida estratégica não se deveu somente ao fato de eu não querer assistir o show sentada na fila Z 11, mas de eu não querer assistir o show sentada. Fiz bem, deu até para dançar comedidamente. Segundo informações de pessoas que foram outros dias no Festival, esse foi o dia mais cheio. Entre velhinhos que se revoltaram e ameaçaram processar o teatro caso o volume do som não fosse diminuído e outros que tamparam os ouvidos, o que se viu foi a melhor banda da cidade esbanjando a classe e a competência usuais em cerca de uma hora de show. Sim, porque se trata de uma banda no sentido mais clássico que o termo pode ter. Não são só boas músicas (o que já seria bem razoável). São ótimas músicas executadas por excelentes instrumentistas. Um deleite. Há controvérsias sobre o último show de rock realizado no palco principal do TCA. Uns dizem que teria sido Camisa de Vênus na década de 80, outros que a Dever de Classe tocou lá bem depois. Bom, eu não estava lá para ver em nenhuma das duas ocasiões. Mas pelo comportamento reacionário de boa parte da platéia, posso supor que talvez sejam necessários mais vinte anos para que outro banda do gênero dê o ar da graça por lá. Que me perdoem os velhinhos que tiveram seus marcapassos desajustados, ou que foram para lá para ouvir flauta doce, piano e violino. Querendo ou não, vocês presenciaram uma noite histórica.
Não conheço a TV Universitária do Recife, mas me mandaram isso e achei interessante. Vou ver se mando o documentário da Penitenciária Lemos Brito (se eu tiver coragem de assistir novamente, depois de quase dois anos...):
ROGRAMA DOCUMENTO NORDESTE A TV Universitária do Recife é uma emissora pública de canal aberto. Na sua programação tem espaço de exibição de documentários, o programa Documento Nordeste, que há oito anos exibe, produz e co-produz peças documentais. A proposta do programa é garantir o espaço para multiplicidade de expressões da cultura regional através do olhar de jovens e experientes realizador. Se você tem documentários produzidos sobre manifestações sócio-culturais, políticas e etc. da região nordeste, com duração entre 22´e 30´ e interesse em exibi-los na TV, entre em contato com a produção do programa através do e-mail programatvu@ufpe.br.
Sem pedir permissão nem consultar nenhuma das partes envolvidas, tomei a liberdade de publicar aqui um dialogozinho impagável que circulou esses dias pela famigerada Mercadão. Quem mandou para a lista foi Cury (brincando de deus):
"Estava na Praia do forte numa noite de Carnaval quando encontrei com Luizão (ex -Penélope) que estava com Xanxa (ex Mutter Marie). Ficamos bebendo numa mesa quando chegou um vendendor de Cd´s piratas meio que se oferecendo a mostrar os títulos que estava vendendo e antes que falasse qualquer coisa, Xanxa perguntou: - Tem brincando de deus? - Âhn? Não! - E Penélope? Xanxa insistiu na brincadeira. -Também não. Respondeu o vendedor já meio icomodado. - E Mutter Marie? Entrei na brincadeira. - Não. - Úteros em Fúria? Continuou Xanxa. - NÂO. Eu só tenho Cd de música baiana.
Bom, sobrevivi ao carnaval e nem doeu tanto. Descobri que trabalhar dentro da TV é p canal. Fora o stress causado pelos milhões de problemas técnicos causados pela chuva, passar o Carnaval inteiro sem levantar um fio de cabelo, sem suar uma gota e completamente agasalhada para resistir ao frio que faz lá dentro, principalmente de madrugada, foi a descoberta fantástica.
Sim, não estou inspirada, não ouvi nada novo e que prestasse nesses últimos dias por motivos óbvios, então vou só dar um toque. Há um tempão eu não acessava a Liga dos Blogues (http://www.ligadosblogues.blogspot.com/). Entrei lá hoje e tive uma bela surpresa. Foi organizado um prêmio, o Alfred 2004, com milhões de categorias, e Encontros e Desencontros venceu um monte delas, inclusive música (menção honrosa a Kevin Shields, meu guitar hero número... vamos ver... 3). Parecia que eu é que tinha feito aquele ranking, fiquei emocionada. Melhor cena, a do sussurro (que para mim tem um valor ainda maior porque justo nessa hora começa a tocar uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos, Just Like Honey, do Jesus and Mary Chain). Nas categorias em que não venceu, também apareceu entre os 5 melhores. Lindo, lindo.
Só volto quarta-feira de cinzas ou quinta, se eu sobreviver à maratona de transmissão ao vivo do Carnaval, que esse ano tá punk. Pois é, pois é, trabalho para as forças do mal, como diz o povo por aqui. Infelizmente, ideologia ainda não paga as minhas contas. E viva a Rede Bahia! (ou qualquer outra emissora que me pague melhor).
Gabriela, ainda sob o impacto do show dos Retrofoguetes no TCa quinta passada e de Closer, um dos melhores filmes que assisti nos últimos tempos, junto com Encontros e Desencontros e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Realmente estou sem saco para pensar agora, depois comento.